Por linhas tortas -ou pelas curvas do destino- devo à Fórmula 1 minha entrada no jornalismo. Lá pelos idos de 1977, Emerson Fittipaldi era bicampeão mundial, mas meu ídolo era José Carlos Pacce, um piloto apenas esforçado, que tinha vencido apenas um Grande Prêmio, justamente o GP do Brasil. E ainda assim num gesto de extrema generosidade de Emerson, que tirou o pé nas últimas voltas e deixou o compatriota ganhar.
José Carlos Pacce morreu num acidente (de avião, ora vejam!) e eu fiz uma redação exaltando meu ídolo. Levei o texto à redação do jornal A Região, um diário de circulação restrita à Osasco, na Grande São Paulo. Acabei recebido pelo dono do jornal, João Macedo de Oliveira, que não sabia se olhava para o texto ou para aquele quase menino, assustado e trajando roupas simples, que já haviam conhecido dias melhores.
Felizmente olhou para o texto e após ler perguntou se eu não queria trabalhar no jornal. Para quem ganhava a vida como pintor de paredes, era como se alguém oferecesse o bilhete para o paraíso, ainda mais que João Macedo, um desses anjos que Deus costuma colocar no nosso caminho e só nos damos conta disso muito tempo depois, conseguiu que eu retomasse os estudos, interrompidos por absoluta falta de condições financeiras.
Eram tempos românticos, em que com um pouco de talento e um muito de sorte, se abriam as portas do jornalismo. Hoje, com as devidas exceções, sem um bom padrinho (ou otras cositas más, no caso de mulheres) não se passa nem da portaria de um jornal, uma emissora de rádio ou de televisão. A menos que se aceite ganhar um salário que faça pintor de paredes parecer um marajá... veja mais no blog http: www.danielthame.blogspot.com
José Carlos Pacce morreu num acidente (de avião, ora vejam!) e eu fiz uma redação exaltando meu ídolo. Levei o texto à redação do jornal A Região, um diário de circulação restrita à Osasco, na Grande São Paulo. Acabei recebido pelo dono do jornal, João Macedo de Oliveira, que não sabia se olhava para o texto ou para aquele quase menino, assustado e trajando roupas simples, que já haviam conhecido dias melhores.
Felizmente olhou para o texto e após ler perguntou se eu não queria trabalhar no jornal. Para quem ganhava a vida como pintor de paredes, era como se alguém oferecesse o bilhete para o paraíso, ainda mais que João Macedo, um desses anjos que Deus costuma colocar no nosso caminho e só nos damos conta disso muito tempo depois, conseguiu que eu retomasse os estudos, interrompidos por absoluta falta de condições financeiras.
Eram tempos românticos, em que com um pouco de talento e um muito de sorte, se abriam as portas do jornalismo. Hoje, com as devidas exceções, sem um bom padrinho (ou otras cositas más, no caso de mulheres) não se passa nem da portaria de um jornal, uma emissora de rádio ou de televisão. A menos que se aceite ganhar um salário que faça pintor de paredes parecer um marajá... veja mais no blog http: www.danielthame.blogspot.com
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