sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A declaração do provedor da Santa Casa de Itabuna, Renan Moreira, foi direcionada à promotora Maria Pilar Menezes

A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) emitiu uma nota informando a adimplência da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI), tendo como clientes as duas unidades hospitalares ligadas à rede, sendo elas o Hospital Calixto Midlej Filho e o Manoel Novaes, afirmando que não houve a propalada ameaça de corte de energia. Segundo o provedor da instituição, José Renan Moreira, o equívoco foi evidenciado quando o Ministério Público incluiu o nome da Santa Casa ao peticionar uma ação civil pública inibidora sem, segundo ele, realizar ao menos uma consulta à instituição. “Foi uma atitude irresponsável e sensacionalista”, afirmou Renan Moreira.
Na última quinta-feira (23), uma petição foi encaminhada pelo MPE ao juizo local com caráter de Tutela Inibidora, requerendo a garantia de impedimento de corte no fornecimento de energia elétrica, por parte da Coelba, aos Hospitais da SCMI, além de outra instituição hospitalar na cidade. Segundo o provedor, sem averiguar os fatos, de acordo com os quais, a Santa Casa já havia resolvido pendência com a Coelba – relativa a uma cobrança indevida de juros embutida na conta, que demandou um pequeno atraso no pagamento da fatura – o MPE incluiu a Santa Casa no documento e divulgou amplamente o assunto.
“A promotora Maria Pilar Menezes e o estagiário de Direito Miguel Dantas Neto em nenhum momento procuraram a Instituição para averiguar o que estava ocorrendo, incluindo Santa Casa na petição e divulgando na imprensa de forma irresponsável e sensacionalista, com fins únicos de auto-promoção”, afirmou o provedor José Renan Moreira.
Ainda segundo o provedor da instituição, a condição de inadimplente se contradiz inteiramente com a atual fase vivenciada pela Santa Casa, que vem passando por um choque de gestão desde o último mês de fevereiro. “Assim que assumimos a provedoria, priorizamos a gestão administrativa como a forma de ver resgatada a dignidade e o valor que possui a Santa Casa. A publicidade negativa contra a instituição realizada pelo Ministério Público ao, equivocadamente, incluir o nome de nossos Hospitais naquele documento causou prejuízos à nossa imagem nesta atual fase e estamos aqui para que este erro seja reparado”, declarou Renan Moreira.
Para Renan Moreira, uma das motivações do Ministério Público para a ação equivocada foi a auto-promoção, tendo em vista a fase bem-sucedida administrativamente pela qual passa a Santa Casa de Itabuna. “Eles apenas usaram a instituição para se auto-promoverem, mas a sociedade está atenta às transformações positivas vividas pela instituição e refletidas na melhoria dos serviços oferecidos à comunidade”, detalhou Renan.

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