Encerrado o prazo para o registro de candidaturas a prefeito, surpresas de última hora e acordos não concretizados inflacionaram o número de pretendentes ao cargo de prefeito de Itabuna.Quando se esperavam quatro, no máximo cinco candidaturas, eis que ao cair da noite de sábado, Itabuna ostentava oito nomes na disputa. Alguns com chances reais, outros apostando no imponderável ou apenas em busca do brilhareco oferecido pelo espaço gratuito no rádio e na televisão, mesmo dispondo de minguados minutos, com nos casos do PSOL e do PCB.O fato é que Itabuna tem oito candidatos na disputa: Capitão Azevedo, Capitão Fábio, Edson Dantas, Geraldo Briglia, Heliodoro Alves, José Adervan, Juçara Feitosa e Roberto Barbosa, apresentados aqui em ordem alfabética.Há favorito na disputa?A resposta é não.Embora alguns candidatos apresentem maior densidade eleitoral em relação aos outros, nesse início de campanha é prematuro apostar até numa eventual polarização entre o Capitão Fábio e Juçara Feitosa, respaldados pelo PMDB e pelo PT, respectivamente. Polarização, se ela vier ocorrer, só haverá mesmo a partir de duas semanas de propaganda no rádio e na televisão. Na primeira eleição sem as candidaturas de Fernando Gomes e Geraldo Simões em quase duas décadas, nunca o palanque eletrônico terá sido tão decisivo, dada improbabilidade de que um candidato se descole dos demais neste primeiro mês de campanha.Os nomes das coligações apontam para mudança e compromisso, além de amor pela cidade. Fábio vai de “A gente faz diferente”, Azevedo de “Honestidade e Seriedade”, Edson de “Mudança pra valer”, Adervan de “Por Itabuna a mudança começa agora”; enquanto que Juçara, numa linha mais emocional, optou pelo slogan “Unidos por Amor Itabuna”.Mais do que slogans, mesmo impactantes, os candidatos terão exatos três meses para debater projetos de governo com o eleitorado, mostrar que têm a melhor proposta para a cidade, naquela que será “Administração do Primeiro Centenário”.Uma tarefa árdua, que vai exigir muita capacidade de aglutinação, muita vontade de caminhar pelos bairros, olhar no olho da população e convencer a maioria dos itabunenses de que vale a pena um voto que é essencialmente de confiança.Dos oito que largaram, apenas um vai cruzar a linha de chegada como o vencedor de um pleito em que, se faltam nomes consagrados, certamente não faltarão fortes emoções.
Daniel Thame
Um comentário:
Zelão pro Daniel,
Quando a cerca de três meses passados afirmei que não havia favoritos nessa campanha eleitoral em Itabuna, como de costume, me chamaram de maluco e tendencioso. Eis agora que; com competência insuspeita, o jornalista Daniel Thame, reafirma as minhas análises.
Concordo quase que inteiramente com Daniel no seu artigo. Só discordo em tese, quando pressupõe que poderá haver "polarização" após o primeiro mês da campanha no rádio e na televisão.
Pelo poquíssimo crescimento das candidaturas - ditas principais - o que pode ocorrer é o surgimento de um novo nome e conseqüente aumento do "bolo". Uma coisa tenho quase certeza: - Quem vencer será "por uma cabeça" como se fala nas corridas de cavalo.
- Que vença o que tiver mais competência.
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