sábado, 26 de julho de 2008

Parcialidade política pode ter afastado Varela

O desligamento inusitado do apresentador Raimundo Varela do programa Balanço Geral, durante o período eleitoral divulgado ontem, chamou atenção do meio político, já que há poucos dias ele garantia não largar o posto, pelo simples fato de não disputar nenhuma vaga às eleições municipais. Segundo as más línguas, a decisão teria sido motivada, não por problemas pessoais, como foi anunciado em nota pela TV Itapoan/Record, mas sim, pela pressão que vinha sofrendo dos adversários, que o acusavam de usar o canal para favorecer a campanha do democrata ACM Neto, cujo vice é o bispo da Igreja Universal, Márcio Marinho.
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), inclusive, já o havia intitulado de vice de honra e o PMDB, por tabela, teria ameaçado entrar com representação amparada pela legislação eleitoral, no sentido de retirá-lo do ar. Há ainda quem diga que a Record entendeu que se, de fato, houvesse envolvimento da Justiça, não apenas o apresentador, mas também a emissora, sairiam prejudicados.
Varela, por sua vez, que tentou, sem sucesso, ser candidato a prefeito, chegando a liderar as pesquisas, não hesitou em afirmar que a decisão foi dele, e não da TV Itapoan. “Pretendo me envolver de corpo e alma na campanha de Neto e a minha saída não implicará em perda do que a rede, com a qual eu tenho contrato assinado até 2012, me paga. O ministro Geddel tem o seu candidato; o governador Wagner tem três. Eu não posso ter um também?”, ironizou”, admitindo ainda, que será candidato a senador em 2010. No entanto, os oposicionistas à coligação a Voz do Povo, já deixaram bem claro que a atitude não anulará o monitoramento.

Tribuna da Bahia

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