O 51º Congresso Nacional da UNE reuniu estudantes do Brasil inteiro para atos públicos, movimento social e discussões acerca da vida acadêmica e mudanças sociais necessárias. .
.
Estudantes da UESC, FTC e UNIME se deslocaram até Brasília no intuito de fazer valer a força estudantil. Entretanto, a forma como os estudantes foram tratados merece uma forte ressalva quanto às prioridades manifestadas pela diretoria responsável por esse congresso.
.
Enquanto fomos convocados para discutir política, no máximo, o que vimos foi politicagem; o local de alojamento no qual fiquei “hospedado” não tinha um chuveiro sequer para as mais de 200 pessoas no primeiro dia (somente no segundo dia instalaram 12 chuveiros, sem divisória); o almoço foi batizado como “ração” pelos estudantes, uma vez que o tempero era a fome que sentíamos.
.
.
Logicamente, nem tudo foi decepção. Houve aprendizado de como uma consciência massificadora se perpetua em nossa sociedade: estudantes universitários que se permitiram serem tratados como massa de manobra com festas, gritaria e barulho de tambores.
.
Vale dizer que até o CQC apareceu por lá para dar uma força ao movimento estudantil, mas é bem verdade que esse movimento está descaracterizado, sem conteúdo político e com individualismo enraizado, expresso através da defesa de cargos para determinados agrupamentos políticos.
.
.
E o resultado disto tudo? A manutenção do status quo. A presidência da UNE volta permanece, mais uma vez, nas mãos do PC do B (que lá está já há 20 anos). É exatamente aqui que mora a decepção e o aprendizado adquirido, ambos, de uma só vez: decepção em ver o que seria a massa pensante sendo apenas massa de manobra e, aprendizado, em perceber que a alienação pode atingir fortemente os leitores e envolvidos em política. O que me fez concluir que a alienação advém do afastamento da responsabilidade.
João Lins.
4 comentários:
Isso não corresponde com a verdade Joao Lins, Sabemos que A UNE é formada por estudantes de diferentes forças e partidos, entretanto o agrupamento ao qual o senhor faz parte/esta vinculado, também faz parte da direçao, embora nao na linha de frente, mais tem poder e atitude pra coloca los em um melhor local.
fica aqui minha opniao
Carississimo Thiago
Essa é uma teoria interessante. Foi muito bom eles terem feito vcs acreditarem nisso e defender essa ideia tão arduamente. De qualquer forma, aquilo ñ tinha condições de abrigar ninguem. Seja lá de que facção fosse, isso é fato. Uma entidade como a UNE que ñ dispõe de um simbolo que unifique os estudantes e se permite virar braço de partido vibrando por candidato A ou B é ridicula e deve ser desacreditada. Ali eu vi a massa dos imbecis que vão mais em busca de sexo e drogas do que uma real preocupação com os rumos da política do país, quando manifestavam uma posição politica queriam ganhar no grito. Aquilo que chamaram de eleição democratica onde os delegados levantavam os craçhas para confirmar seus votos, sem saber como foi construida as propostas de sua facção e o q é pior nem se quer davam ouvidos as outras, sem falar que se perguntar a algum delegado as propostas de sua chapa dou minha cara a tapa que não lembram. O COMUNE só me fez ter certeza que estamos longe da utopia-democracia.
opnião de um observador
Thiago Souza, opinião respeitada de minha parte. Somente devo acrescentar que o "partido" do qual faço parte não está lá representado, pois "meu partido é um coração partido", está nas mãos minhas a vontade e o desejo de ver as coisas melhorarem, mas certamente não será partindo agrupamentos com o nome de partidos; é ajuntando forças que conseguiremo mudanças necessárias. Minha opinião é esta e ainda que eu fizesse parte de um partido da diretoria da UNE, estaria aki esbravejando contra um bando malfeitores que almejam cargos e serem visualizados para mais cargos, outros...
Thiago, ao menos vocês podem sair no próxima programa do CQC. Veja o lado bom da moeda.
Postar um comentário