quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Triste Fim de Policarpo Quaresma

(Zelão, presente aos funerais)

“Aqui se faz, aqui se paga!” Era assim que a minha avó expressava a sabedoria popular.

Na política que também é uma arte que imita a vida, os erros cometidos custam caro aos políticos que os cometem e nem sempre na mesma proporção, pois costumam sepultar definitivamente uma carreira que se anunciava brilhante.

A pressa e a má avaliação das suas verdadeiras forças, levaram ao Secretário Geraldo Simões, a patrocinar as vaias ao Ministro Gedel Vieira Lima, na solenidade pública do lançamento do PAC em Ilhéus, na presença do Presidente Lula, de outros ministros do governo e do Governador Jacques Wagner, causando constrangimento a todos.

Geraldo Simões, nas suas avaliações (se não agiu por puro instinto político provinciano), deve ter julgado que vaiando Gedel, na presença das ilustres autoridades, estaria ao mesmo tempo, matando dois coelhos com uma só cajadada: - Mostrando que era mais forte politicamente do que Gedel e fazendo um desagravo ao governador, pelas posições autoritárias de Gedel na Bahia – errou feio nas suas avaliações, pois além de desagradar ao presidente, que viu um dos seus ministros mais eficientes ser vaiado, e ao governador prestou um desserviço ao precipitar uma disputa que só deveria ocorrer em 2010.

Com o seu gesto “tresloucado”, além de transformar Gedel, aos olhos de todos, em uma grande vítima, Geraldo Simões, atraiu para si, toda a inveja dos seus próprios companheiros do PT, que querem o seu lugar na Seagri, e deu aos partidos da base de sustentação do governo Wagner, que igualmente ambicionam a sua secretaria, o discurso que faltava.


Geraldo Simões vive no momento; talvez o maior dilema da sua carreira política, que é o de esperar ser demitido por Wagner, ou reconhecer o seu erro e pedir demissão do cargo e assumir o seu mandato de deputado federal em Brasília. Mas, se, no entanto, resolver voltar a Itabuna e ser o candidato do partido a prefeito, desmontando a tentativa da candidatura de Juçara Feitosa, abreviará o fim da sua carreira política, porque assim estará demonstrando cabalmente o seu desmedido interesse pelo poder pessoal, além de perder o discurso de ser “amigo do rei”.

Só resta a Geraldo assumir o seus erros e, humildemente, fazer a “meã culpa”, adiando quem sabe; para 2010 a recuperação da oportunidade agora perdida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nós estamos vendo aquí na região a mesma coisa que acontece com Lula a nivel nacional: QUANTO MAIS BATE MAIS ELE FICA FORTE, com Geraldo, desde o episódio da vassoura de bruxa tá acontecendo a mesma coisa, já bateram no cara que não tendo mais novidades voltam as merecidas e tão batidas vaias a Gedel.

Anônimo disse...

Zelão, para o anonimo disse:

Se merecidas ou não, as vaias orquestradas contra o Ministro Gedel, custaram muito caro ao Secretário Geraldo Simões. Quanto a "dessemelhança" entre o poder "tefllon" do presidente Lula e o da "cara no pará-brisas" do secretário, fica claro e evidente de que Lula é ungido e geraldo um mero mortal na política. Para Lula, sempre sobra os bônus e para Geraldo, sobram os ônus.