sábado, 10 de maio de 2008

A LIÇÃO DAS VAIAS EM ILHÉUS

As vaias orquestradas em Ilhéus contra o ministro Geddel Vieira Lima, segundo os próprios petistas organizadas pelos colaboradores do secretário de Agricultura, Geraldo Simões, cuja mulher, Juçarara, é candidata à prefeitura de Itabuna tendo como principal adversário o Capitão Fábio, lançado pelo PMDB de Geddel, foi o ponto negativo da festiva e produtiva passagem de Lula e seus ministros pela Bahia. Geddel respondeu às vaias do próprio palanque, ao falar nos que "uivam", e, em seguinda, o governador Jaques Wagner e Lula, sairam em defesa do ministro, ambos em tom de dura reprovação. Wagner bateu dizendo que os adversários "não estavam no palanque daquele ato", e Lula citou Gedel pelo menos três vezes, reclamou dos apupos e elogiou seu ministro, alegando o clima eleitoral em Itabuna e Ilhéus. "Assim fica difícil lançar o PAC nos municípios". Geraldo Simões não se pronunciou. O secretário da Agricultura e Geddel Vieira Lima andam se desentendendo publicamente. Não faz muito, Geraldo disse que "Geddel falava demais" e este respondeu na tampa que ele, Geraldo, "não tinha voz, vive em total silêncio". O que aconteceu em Ilhéus é coisa da política antiga. Antes,adversários mandavam desligar a energia dos comícios, deixando-os às escuras. Agora, problemas de política local se sobrepõem à presença de Lula na região para assinar o "PAC do Cacau", para resolver o problema da dívida dos produtores, de há muito reclamada. De qualquer maneira, os acontecimentos que enodoaram a festa em Ilhéus vale como um alerta sobre o que acontecerá nas eleições municipais quando houver disputas acirradas entre PT e PMDB, como se registra em Itabuna. É preciso civilidade até para demonstrar que os tempos mudaram.
(Samuel Celestino)

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