Apoiar ações positivas para o desenvolvimento social, através das entidades que prestam serviço voluntário e ajudam milhares de pessoas em Itabuna. Este foi o principal compromisso da candidata a prefeita Juçara Feitosa firmado com as diversas entidades que atuam em Itabuna, a exemplo do Instituto de Atendimento à Família e ao Adolescente (Iafa), Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa), Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) e Centro de Recuperação Manaim. Na manhã desta terça-feira (23) Juçara visitou o lixão de Itabuna, onde o Iafa desenvolve um trabalho de incentivo à reciclagem do lixo domiciliar, e também se reuniu com diretores do Renascer, GACC e Gapa. Apesar de realizarem um trabalho de extrema importância na cidade, as entidades beneficentes de Itabuna se ressentem da falta de apoio da administração municipal. A presidente do Instituto de Atendimento à Família e ao Adolescente (Iafa), Elizabete Soares, diz que é urgente a necessidade de uma intervenção do poder público na questão do lixão de Itabuna. “É importante apoiarmos Juçara, que tem mostrado preocupação com a situação dos moradores do lixão”, afirma.
Elizabete Soares cita algumas ações emergenciais que o novo governo deve implantar, que contemplam a geração de renda e a eliminação dos barracos e o trabalho infantil no lixão. “Eliminar os barracos, com a construção de 60 casas para a retirada das pessoas que moram dentro do lixo e a construção de um pátio de cata, onde as pessoas cadastradas poderiam trabalhar de forma mais digna, sem contato com urubu. São ações que garantem a geração de renda e eliminam o trabalho infantil, como uma contrapartida das famílias beneficiadas”.
O pátio de cata, uma espécie de galpão para a triagem e seleção dos materiais recicláveis, prevê ainda que o restante do lixo seja enterrado no próprio lixão. “Iríamos eliminar o enorme passivo ambiental que temos hoje e daríamos um trabalho digno a essas pessoas. Isso deve ser feito enquanto se planeja a implantação do aterro sanitário, que depende de vários outros fatores além da vontade de Juçara, como o licenciamento ambiental”, observa Elisabete Soares.
Hoje 20 pessoas trabalham na Cooperativa dos Trabalhadores em Reciclagem do Aterro Sanitário de Itabuna (Cootrasi). “Essa cooperativa é um projeto-piloto, que serviu para mostramos para a sociedade que é possível tirar o sustento do lixo, trabalhando de forma digna e organizada”. Entre as proposta para longo prazo, além da implantação do aterro sanitário, a presidente do Iafa cita a conscientização das pessoas em relação ao lixo reciclável, projetos de educação ambiental, disponibilidade da empresa para a coleta seletiva, o que deve constar do contrato de terceirização.
Casas populares
Na visita à sede do Gapa, Juçara disse que não gosta de ver as pessoas em situação de pobreza, “ao contrário de muitos, que usam a pobreza das pessoas em favor de seu oportunismo eleitoreiro”. Juçara lembrou que quem chega nas casas que construiu na Bananeira em 2003 e 2004 vê a diferença para a vida que aquelas pessoas levavam antes. “Hoje, além de viver em condições dignas, conseguiram comprar seus móveis e eletrodomésticos decentes. Queremos isso, que as pessoas consigam melhorar de vida. Nosso compromisso é o desenvolvimento social”.
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