A SORTE PROTEGE OS AUDAZES.

Allah Góes

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Interessante vermos, e constatarmos que, apesar de sempre se falar que “é necessário renovar”; criar condições para que possam surgir novas lideranças; sempre, e eu disse sempre, que aparece alguém que se disponha a lançar seu nome ao debate público (o que, convenhamos, por conta dos dissabores advindos da perda da privacidade, necessita de muita coragem), aparece a “turma do contra”.
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E esta “turma do contra”, gosta de lembrar que o “novo”, em política na Bahia, foi o equivoco Waldir Pires, que chegou como “a esperança de dias melhores”, mas que terminou numa pífia renuncia que nos conduziu à 16 anos sem alternância política.
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Felizmente o “hoje” se encarrega de demonstrar que não foi culpa do “novo”, mas sim do próprio Waldir, que nunca teve “apetite por governar/administrar”, o engodo ocorrido, pois o “novo” pode e é diferente.
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A Bahia demonstrou nas urnas que cansou de ver o “revezamento Carlista”, mostrou que “assimilou o engodo”, não tem medo do “novo” e que é plenamente possível se conferir oportunidade à outros, e Itabuna, que é uma terra de desbravadores, também deve mostrar que não tem medo do “novo” e deve oportunizar, até mesmo para que possamos ouvir outras idéias, a possibilidade deste “novo” se mostrar, falar, expor.
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Mas o pior é que, para dar maior consistência à este medo do “novo”, dando-lhe uma sobrevida que os tempos desta “Bahia de todos nós” parecia ter enterrado, “a turma do contra”, aliada a alguns setores da imprensa grapiúna, tem procurado desqualificar e desencorajar o surgimento do “novo”, passando a arcaica idéia de que somente é possível ter governantes da “mesma panelinha”.
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Tudo fica parecendo que apenas aqueles “anteriormente ungidos”, aquelas lideranças já testadas, é que teriam a condição de se lançar em campanhas políticas, como que por direito divino.
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E aí “queima-se” todo incauto que se aventura a insinuar que poderia ser a opção do “novo”, tendência que precisa ser mudada sob pena de permanecermos neste continuo de esvaziamento e envelhecimento de nossas lideranças.
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Agora mesmo, quando novos nomes começam a surgir, e com estes a oportunidade de se debater idéias; quando se ouve falar no nome do Advogado Rafle Filho, ou do Vereador Sólon Pinheiro, inicia-se outra campanha do “contra o novo”.
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Chega-se ao cúmulo de escrever que “RAFLE SALUME, filho, advogado, vai propagando, falando, dizendo, fala, diz que é candidato a deputado estadual ou federal. Amável eleitor, atento leitor, já escrevi, analisei, opinei taxativamente aqui há meses. Se for candidato, não ganha, perde. Este comentarista já não suporta mais os equívocos de Rafle Salume.”(Sic).
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E continua: "SOLON PINHEIRO, vereando, vereador nesta capital-cidade do planeta cacau, pela bandeira da tucanagem, pela legenda do tucanato, PSDB. Ele (Solon Pinheiro) tem espírito público, é simpático, lutador, moço. Tem propagado, falado, dito que é candidato a deputado estadual ou federal. Já escrevi aqui. Se for, não ganha, perde” (Sic), e tudo isto como se tivessem o dom da premonição, como se fosse uma ofensa colocar seu nome em discussão, em debate.
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Gosto muito do texto do jornalista Eduardo Anunciação, mas chegar ao ponto de se insurgir contra a proposição de um nome, que nem bem é ainda uma candidatura, mas sim a demonstração, mais uma, de que a sociedade grapiúna clama pelo “novo” é, ai sim, uma demonstração de que se desconhece que na política se deve ser, antes de tudo, audacioso. Lembremos de Virgílio que há mais de 2.000 anos escreveu: “Audaces fortuna iuvat”. Lembre-se Eduardo, por conta de sua audácia, Geraldo Simões é hoje, Geraldo Simões.
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Allah Góes é Advogado Municipalista, Membro da Comissão do Advogado Iniciante da OAB-BA, Procurador Nacional da ABRACAM – Associação Brasileira de Câmaras de Vereadores. E-Mail allah.goes@hotmail.com