Primeiro escalão de última qualidade

Ter três ocupantes no primeiro escalão de um governo estadual deveria ser garantia de desenvolvimento para qualquer município. Itabuna possui Edmon Lucas, Adeun Sauer e Geraldo Simões como secretários estaduais, mas não tem nenhuma obra, verba ou benefício no período vigente das gestões atuais destes governantes.
Edmon Lucas, embora seja a personalidade mais respeitável do governo petista, é eminência parda e governante fictício administrando nada para coisa nenhuma. Adeum Sauer está caminhando a passos longos para se tornar o pior dentre os ruins do Governo Wagner. E Geraldo Simões ainda não se despertou para o fato de que ele é secretário da Agricultura do Governo do Estado da Bahia.Edmon Lucas é conhecido como empreendedor e habilitado, mas está à frente de uma secretaria insignificante e que somente foi criada para empregar aliados e correligionários de Wagner.Adeum Sauer é responsável direto pelo declínio vertiginoso da qualidade de gestão da educação pública na Bahia. E sua falta de competência de negociação acarretou em danos enormes em função da prolongada greve dos professores no início do governo.
Muito pouco sobre políticas públicas há para descrever sobre Edmon Lucas ou Adeum Sauer, pois quase nada está registrado, para que eles sejam considerados secretários de estado.
Entretanto, a situação do ex-prefeito de Itabuna não é diferente, mas requer que algumas considerações sejam mencionadas.Geraldo é responsável pela parte do Governo Estadual que deveria revitalizar a lavoura cacaueira, como fomento de preservação ambiental e geração de emprego e renda, pois o cacau sempre foi garantia de desenvolvimento, melhoria da qualidade de vida e sustentabilidade florestal e da sua biodiversidade.O cacau agrega valores que estão sendo menosprezados pela absoluta falta de habilidade de se empreender políticas públicas de desenvolvimento regional.
Não há no Conselho Estadual da Agricultura nenhum representante da cadeia produtiva do cacau e nem integração com a secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Não houve convocação da comunidade regional para se debater alternativas para livrar o Sul da Bahia do flagelo a que ela está submetida, com milhares de famintos e desempregados.
Parece que nossos representantes no Governo Wagner estão mudos, cegos e surdos para as soluções dos problemas que preocupa e deixam em pânico quem não vê saída para essa situação e que, por não poder mudar esta realidade, já pensa em se mudar da Bahia.
Geraldo não está fazendo seu dever de casa e isto não nos surpreende, pois sabemos que sua única preocupação é consigo mesmo e com seu projeto pessoal de permanecer se locupletando do poder para construir seu feudo patrimonial e de asseclas, pois ambos garantem votos de eleitores inocentes úteis e, ou abestalhados, que fazem da urna fossa condominial e do atual secretário da Agricultura, a quadragésima terceira pessoa depois de ninguém dentre os engajados e preocupados em garantir verbas e desenvolvimento para o Sul da Bahia.
Com essa gente no primeiro escalão do seu governo, Wagner está fadado ao fracasso e se torna o maior cabo eleitoral de quem o contraporá em sua própria sucessão de 2010.
No mais, a referência da gestão de Wagner para a região Sul da Bahia se limita a tentativa de privatização da BA-415 e bloqueio de verbas para a conclusão das construções do Teatro e do Centro de Convenções de Itabuna.

Val CabralPartido Verde/Itabuna-Bahia, pvitabuna@bol.com.brRadialista/Rádio Jornal (560), 14horas.