José Adervan X Eduardo Anunciação

Eduardianas

Estamos em pleno Carnaval no Brasil.
A gente sabe que no mundo da política há de tudo. Há gente nobre. Há lacaios.
Há dependentes, químicos e financeiros.
Mas sobram maus-carateres. E tem, também, alguns - poucos, é bem verdade - anjos.
Em tudo na vida há um jogo de interesses muito grande, à mostra ou escondido, com subterfúgios, para ninguém saber.
Por exemplo: há jornalistas que vendem opinião e muitos, até, se apaixonam pelo, que fazem e não conseguem enxergar um palmo adiante do nariz, pois a "cegueira" é muito grande e caem no ridículo de efetuar análises na base do "achismo", sem se aprofundar na investigação dos fatos, como se a notícia fosse um mero repasse abstrato de informações sem quaisquer responsabilidades que o jornalismo exige, como ética, veracidade e moral.
Itabuna tem sido acometida por "jornalistas" sem compromisso com a verdade.
E tem até quem leia os seus artiguetes repetitivos, onde predominam o desejo de influir na história da cidade ou de uma eleição, o que favorece uma certa casta de políticos que desejam se perpetuar no poder apenas para enriquecimento rápido e ilícito, em detrimento dos interesses do povo, onde prevalece o desemprego, moradias deficientes e em ruas com esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação, apesar de dois mandatos - e oito anos de poder - e sem qualquer contestação da parte do festejado "jornalista".
Conheço Eduardo Anunciação há já alguns anos, de 1962, quando presidente do Grêmio do Divina Providência e ajudou a me eleger como presidente da Uesi - União dos Estudantes Secundários de Itabuna - entidade que ele também presidiu e encerrou suas atividades.
A verdade é que Eduardo Anunciação tem servido com dedicação canina a vários senhores, sendo o seu atual feitor o deputado Geraldo Simões, o homem que deseja, a pau e pedra, voltar a dirigir e administrar Itabuna para completar o sonho imperial de ficar próximo à marca impressa por Fernando Gomes, com quatro mandatos e de quem, inclusive, foi serviçal por vários anos até que foi despachado do emprego por absoluta falta de vontade de comparecer ao emprego e prestar o serviço para o qual era regiamente pago. Aliás, esse amor desenfreado de Eduardo Anunciação por Geraldo Simões talvez seja em retribuição à proteção encontrada na Ceplac, onde há anos exerce um cargo de jornalista sem escrever uma só linha e nem aparecer, há muitos anos, naquela instituição pública.
Mas não sei por que cargas d'água Eduardo Anunciação reluta em aceitar qualquer mudança na política regional, sempre se posicionando contra os diversos atores políticos que colocaram seu nome na pauta. Foi assim quando Renato Costa topou disputar o cargo de prefeito, fato que até hoje não é perdoado, da mesma forma quando Ronald Kalid teve o seu nome cogitado para liderar a terceira via, ou qualquer outro que ouse disputar o cetro com Geraldo Simões, ameaçando tirar o pão de cada dia da boca de alguns confrades que estão defendendo uma "boquinha", o que é prá lá de justo para quem está à míngua e sem qualquer perspectiva de emprego.
Até aí, tudo bem, pois se trata da sobrevivência de dois ou três profissionais que se acostumaram nas tetas geraldianas.
O que não dá para entender é o abandono da ética, da pesquisa, da investigação jornalística e, pior, da agressão costumeira aos fatos. Até hoje nunca fui consultado por Eduardo ou por Valdenor sobre minha pré-candidatura a prefeito, apesar da amizade que desenvolvemos ao longo dos anos, em que convivemos na redação do Agora. Então, presumimos que os dois não estão interessados em fazer e praticar jornalismo sério, respeitável e de credibilidade e estão muito mais para a linha "jornalística", implantada por outras pessoas, propensas à venialidade.
Gostaria de afirmar, aqui, nesta "Coluna Livre", que não tenho nenhuma propensão à psicanálise, seja da corrente jungniana ou freudiana, mas poderia informar, a título de sugestão, que Eduardo Anunciação procurasse o psicanalista Dr. Oroga nas manhãs de sábado, no horário do banho matinal, pois pelo menos ganharia alguns exemplares do Agora, que poderiam render alguns dividendos extras.

José Adervan