As perspectivas de um projeto fadado ao fracasso geram circunstâncias de pânico e prévia ocupação no planejamento e desenvolvimento de alternativas que possam minimizar ao máximo o impacto de um resultado adverso.
Esta talvez seja uma teoria não aplicável à unanimidade das pessoas.
É possível que exista quem se conforme com a antecipação de conseqüências irremediáveis. Essa espécie de indivíduo deve ser dotada de domínio emocional e racionalidade não muito comum em quem exerce funções importantes e que envolvem centenas e milhares de outras pessoas.
Devem existir jogadores de pequenos times de futebol que não dormem na noite anterior a uma partida contra Vasco, Flamengo, Corinthians... decisiva para a permanência da sua equipe na disputa do campeonato.Também há jogadores de jogos de azar, que suam, tremem, gelam e se arrepiam, imaginando a possibilidade iminente de uma derrota.
Muitos estudantes tremem quando entram nas salas onde acontecem provas do vestibular. Os exemplos de pânico diante de uma situação aparentemente irreversível são incontáveis. É fato que episódio de reviravoltas nos resultados enchem páginas dos livros de história.
Poucos acreditariam nas primeiras eleições disputadas por Lula, que ele se tornaria presidente do Brasil e que, posteriormente, seria reeleito. Quase ninguém apostaria em Davi na luta contra Golias. Certa feita o Vasco se consagrou campeão depois do término de um primeiro tempo em que o Palmeiras o vencia por 3x0. Entretanto, cada caso é um caso.
É loucura imaginar que Paulo Maluf se elegerá sucessor de Lula. Nunca se deve acreditar que Maguila vencerá Michael Tison. É inimaginável Da Luz eleito governador da Bahia. Este enredo se emprega nas articulações, projeções, ações e discussões envolvendo as possíveis candidaturas prefeituráveis em Itabuna.São 16 pré-candidaturas majoritárias requintadas de expedientes controversos que se apresentam para eleitores que gostam ou desgostam de posicionamentos que vão da irreverência ao conservadorismo. No paradoxo de estar dominando os dois extremos da opinião pública, o exprefeito Geraldo Simões se entusiasma em liderar as pesquisas eleitorais e se atormenta em possuir rejeição que supera a soma integral dos demais candidatos.
Este fato o faz estar, infernalmente, no céu; e não há nada mais inquietante para um candidato que contar com mais de 50% de rejeição. É como se Itabuna somente existisse pela metade em sua pretensão de tentar voltar a ser prefeito.Geraldo sabe que os votos de sua rejeição deverão eleger o prefeiturável que melhor se situar com a possibilidade mais pretensa a vencê-lo.
Estão neste contexto, os fernandistas, renatistas, ubaldistas e milhares de eleitores que votam em qualquer candidato que deslumbre a perspectiva de arregimentar o "voto útil" e o "voto de revolta"!
Este fato deve estar fazendo o exprefeito perder o sono e não há sonífero que faça ele dormir tranqüilo.Geraldo quer afastar o fantasma das eleições de 2004, quando ele foi protagonista de um fracasso surpreendente e derrotado por Fernando Gomes, que acabara de perder uma eleição para deputado estadual.
Tudo isso está fazendo ele tentar alternativas que possam mantêlo vitorioso, ainda que os resultados das próximas eleições municipais lhe sejam desfavoráveis. E nesta circunstância o nome da ex-primeira dama surge como "ensaio de laborário": as pesquisas deverão indicar sua permanência ou não como candidata majoritária do PT em Itabuna.
Acontece que o simples anúncio de Juçara Feitosa como candidata já demonstra a forma chacoteadora a que Geraldo submete o eleitorado itabunense. É como se a cidade fosse seu curral eleitoral, onde ele imagina que pode negligenciar a ponto de indicar até uma bruxa como prefeiturável (não é este o caso de Juçara).
O nome de Juçara significa um despautério que o tempo revelará como embuste impossível de se contar como acreditável numa mente não maníaca, ou melomâniaca! Mas Juçara não passa de uma fuga de quem sabe que a Prefeitura de Itabuna se foi tanto quanto sua credibilidade entre os indivíduos que rejeitam mentiras, cinismo, enganações e traições.
O fato para Geraldo, é que "a vaca foi pro brejo" e ele sabe disso; e por isso quer fazer de uma ex-primeira-dama... uma "vaca de piranha"!
Val Cabral - Radialista/Programa Sem Papas na Língua/Rádio Jornal (560-14h.)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
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