quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Débito da Santa Casa é de R$25 milhões

A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, maior complexo médico-hospitalar e de saúde do interior da Bahia, já tem nova provedoria, empossada na noite da última segunda-feira (14), no auditório Paulo Bicalho, do Hospital Calixto Midlej Filho. Tendo como novo provedor o advogado José Renan Moreira, outras 45 pessoas foram empossadas em cargos de diretoria, do Conselho Deliberativo e das Irmãs Auxiliadoras. O déficit financeiro da instituição foi o grande assunto da noite, com a declaração do montante da dívida que já chega a R$25 milhões.
Em seu discurso de posse, o novo provedor elencou o apoio pretendido, a citar a própria comunidade itabunense, os irmãos da Santa Casa, as irmãs auxiliadoras, as irmãs religiosas, além do corpo clínico, os próprios enfermeiros, funcionários e colaboradores. Para ele, a missão da nova gestão da instituição é esgotar os déficits, já que considerou que até agora foram realizadas, e com relativo sucesso, a diminuição de gastos. “São R$6,5 milhões em dívidas já vencidas e R$18,5 milhões a vencer em curto e médio. Exaurimos nossa capacidade de endividamento. Aproveito a oportunidade para conclamar as autoridades, os políticos, os prefeitos da região, para que encarem com seriedade a Santa Casa de Itabuna”, declarou Renan Moreira. Segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Edson Dantas, é preciso ajudar a instituição já que, mais do que como político, no papel de médico, compreende a impossibilidade de oferecer bons serviços de saúde com os preços pagos pelo SUS. Da mesma forma acredita o próprio provedor empossado, que declarou depositar na contratualização realizada com o gestor pleno da saúde em Itabuna, o retorno da viabilidade da instituição no modelo em que atua há 90 anos. “A partir deste mês teremos o contrato cumprido em sua integralidade de forma retroativa. Na remota possibilidade do município não cumprir com o pactuado, o que não acreditamos, seremos forçados a tomar medidas enérgicas e prejudiciais à comunidade. Afinal, a Santa Casa não tem a mínima condição financeira de continuar funcionando com o déficit gerado pelo atendimento SUS”, completou Renan.

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