Todos os pré-candidatos a prefeito de Itabuna, na luta pelo cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves, têm seus obstáculos nessa difícil e espinhosa caminhada. Alguns menos, outros mais. Sem dúvida, o maior deles é quando o prefeiturável não consegue uma boa colocação nas pesquisas de opinião, como acontece, por exemplo, com José Adervan (PSDB) e Dinailton Oliveira (PDT). Chegar ao mês de maio com intenções de votos abaixo de cinco pontos torna a campanha eleitoralmente inviável. As pressões de cima para baixo, do comando estadual sobre o municipal, são fortíssimas. E a questão não é só política, ou seja, uma fragorosa e decepcionante derrota nas urnas. Aliás, é mais financeira, ou seja, como investir em uma candidatura sem nenhuma possibilidade de vitória? Nesse enfrentamento de dificuldades, o pré-candidato do PMDB, Capitão Fábio, pode ser a grande vítima do novo cenário sucessório. Com Juçara Feitosa, pelo PT, e Acácia Pinho, pelo PRB, as chances do peemedebista são nulas. Com essas duas mulheres, uma com o apoio do ex-prefeito Geraldo Simões e a outra com o da Igreja Universal do Reino de Deus, só resta ao Capitão um honrado terceiro lugar no final da disputa. Como não bastasse a iminente polarização entre Juçara e Acácia, a campanha de Fábio enfrenta problemas internos em decorrência do disse-me-disse e das picuinhas entre algumas “lideranças” do staff fabista. Um outro detalhe é que o médico Renato Costa, coordenador político da legítima caminhada do Capitão rumo à prefeitura, começa a ficar incomodado – acredito que também constrangido – com os encontros do Capitão com o prefeito Fernando Gomes, do DEM, ex-PFL. Fica difícil imaginar um coordenador político impossibilitado de participar de certas reuniões do seu candidato. Ou é ou não é coordenador. O meio termo, o simulacro, o coordenador pela metade é sinal de que as coisas não caminham a contento. O problema é que o ministro da Integração Nacional, o comandante-mor do PMDB estadual, não quer nenhum tipo de atrito com o prefeito de Itabuna. Aliás, Fernando Gomes pode ir para o PMDB assim que passar o processo sucessório. Ora, Geddel, candidatísssimo a uma das duas vagas ao Senado Federal, na eleição de 2010, não pode prescindir de um cabo eleitoral que já foi quatro vezes prefeito de uma cidade do porte de Itabuna. Uma outra aresta, essa também merecedora de uma atenção especial, é que a pré-candidatura do Capitão não tem o apoio dos principais partidos da base de sustentação do governo Jaques Wagner. Agremiações partidárias como o PC do B, PSB, PMN, PTB e o PR estão de olho em uma candidatura a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo candidato do PT. Portanto, as dificuldades do Capitão Fábio diante do jogo eleitoral são maiores do que a dos outros pré-candidatos. Dificuldades que só serão amenizadas se o candidato do PMDB convencer seus correligionários de que pode vencer. Do contrário, a debandada para o lado de Juçara e de Acácia, é só uma questão de tempo.
Marco Wense
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
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