sábado, 7 de junho de 2008

O esteticismo no caso Isabela

A história dessa menina Isabela é uma coisa realmente inacreditável, todo mundo fica querendo não acreditar nessa história achando que a policia deve está errada e que não foi nem a madrasta e nem o pai que fizeram essa coisa tão estúpida.
Isso é para desmentir um pouco aquela teoria de que somos seres humanos. Eu não acho que nos somos seres humanos não. Eu acho que nós somos “animais” domesticados às vezes, muitas vezes não somos domesticados, o nosso instinto animal fica completamente na superfície como aconteceu nesse caso.
O mais interessante no caso é essa histeria coletiva, uma comoção fabricada, a causa disso é o velho sensacionalismo, no fundo hoje o jornalismo trabalha como se fosse uma ficção, na verdade não há muita diferença entra “duas Caras “ e o “Jornal Nacional”, é uma estrutura absolutamente ficcional.
O interessante também é a maneira como eles ocupam o espaço e o fato de terem escolhido essa criança, aí enfatizo o fato de ser linda, então uma criança de classe média evidentemente para mídia que julga as coisas do ponto de vista do jornalista da classe média. Uma criança de classe média vale 10 crianças de classe baixa. Se fosse uma criança preta e pobre evidentemente que não teria essa repercussão.
Depois evidentemente ela era uma criança linda, aí que vem a história da lindeza, todo mundo sabe que existe uma espécie de esteticismo de fuso da sociedade, se ela fosse feinha não teria essa comoção toda, por quer se da mais valor ao “belo”, tem vários estudos que mostram isso até em decisão de júri, quando o assassino é bonito as pessoas acham que não foi ele, a pessoa bonita se associa ao bem a beleza e evidentemente que no caso dela tem isso.
Se há uma doença, a doença não é uma patologia dos indivíduos que cometeram o ato, e sim da sociedade. O publico é cúmplice disso também, pois o publico quer ver sangue a mídia só faz piorar esses sentimentos confusos.

Por: João Matheus

Esse artigo foi postado em 16/04/08

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