sábado, 7 de junho de 2008

FG e a sucessão municipal

Todo mundo sabe, inclusive o ex-deputado estadual Renato Costa, hoje coordenador da pré-candidatura do Capitão Fábio, que o prefeito Fernando Gomes vai para o PMDB assim que terminar o processo sucessório. A ficha de filiação de Fernando será abonada por Lúcio Vieira Lima, presidente estadual da legenda e irmão do ministro Geddel Vieira Lima, que já conversou com o alcaide sobre o assunto. Os sinais de que o prefeito pretende apoiar o Capitão Fábio em detrimento do Capitão Azevedo, seu companheiro de partido (DEM), são mais do que claros, evidentes e consistentes. O democrata, no comando do Centro Administrativo pela quarta vez, comete uma ingratidão sem precedente na história política de Itabuna. Troca um fiel aliado por um aliado circunstancial. Toda vez que é questionado sobre o apoio do prefeito, o prefeiturável do PMDB fica numa situação de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Ou seja, se correr aborrece o ilustre cabo eleitoral. Se ficar, é agarrado pelo alto índice de rejeição. Sinceramente – salvo se tudo for combinado –, não entendo como é que uma pessoa pode apoiar uma outra que diz de público que não quer o seu apoio nem pintado de ouro. O médico Renato Costa, por exemplo, que é o presidente do diretório municipal do PMDB, acha que “os adversários estão querendo desqualificar o Capitão Fábio quando dizem que o prefeito Fernando Gomes vai apoiá-lo”. Ora, quer dizer que o encosto do prefeito macula a pré-candidatura do Capitão? Então, é o próprio Capitão quem desqualifica a si próprio quando mantém sigilosas conversas com o chefe do Executivo. Depois ficam se queixando das pesquisas de opinião que apontam um crescente descrédito do eleitorado com os senhores “representantes” do povo.

Marco Wense

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