terça-feira, 10 de março de 2009

FILAS DOS BANCOS.

Fui coordenador do PROCON de Itabuna na gestão passada, e uma das coisas que ouvir muito falar e que hoje volta à tona são as questões das filas nas instituições bancárias. Vejo os veículos de comunicação, o sindicato dos bancários as pessoas em geral cobrando o cumprimento da lei aos os órgãos, mas no fundo meio que sem conhecimento de causa. Antes de por a culpa nos órgãos fiscalizadores temos que pegar na essência do problema, e fazer um questionamento, como por exemplo: a lei não é falha? Os órgãos têm suporte para cobrar-las? O poder executivo e legislativo não tem que ser pressionados para que se mude algo?
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Realmente a lei apesar de ser bem intencionada, tem que passar por uma grande reforma. A priori a lei municipal que estipula o tempo que o consumidor deve ficar na fila dos bancos, aqui em Itabuna é de 20 minutos e não 15, como mencionado na matéria;
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Segundo: a lei aduz que os bancos têm como obrigação fornecer senha aos clientes contendo horário e data que o cliente chega a agencia, porém não existe punição caso os bancos não a forneça;
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Terceiro: a lei estipulada referencia apenas ao atendimento aos caixas bancários, contudo não se estende ao atendimento a gerencia e tão pouco aos caixas de supermercados como alguns leitores e comunicólogos acham;
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Quarto: os valores das multas em caso do descumprimento por parte dos bancos são ínfimos para o porte das instituições, não obedecendo aos princípios do código de defesa do consumidor;
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Quinto: o PROCON de Itabuna não tem quadro de fiscais o que é essencial para objetivar o cumprimento da lei;
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Não adianta querer fazer um trabalho de conscientização popular sem antes rever esses pontos falhos, sei que é um constrangimento enorme a pessoa ficar horas em uma fila para efetuar um pagamento ou outro serviço qualquer. É um absurdo o desrespeito que essas “instituições” tem para com seus clientes, pagamos por um serviço o qual não temos o retorno merecido.
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Para que a lei realmente funcione, tem que primeiramente reformulá-la para que se exaurisse as brechas, posteriormente uma reforma administrativa para que coloque no PROCON de Itabuna um quadro permanente de fiscais. Um órgão de tamanha importância, só tem em seu quadro permanente um diretor? Será que realmente querem que esse órgão funcione? Será que a culpa não começa de cima? A cobrança tem que ser feita, contudo, para as pessoas certas.
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Itabuna, 10 de março de 2009.
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Rafael Moreira

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